Falece Cláudio Mortari, ícone do basquete brasileiro

O renomado técnico Cláudio Mortari, um dos grandes expoentes do basquete brasileiro, faleceu na última quarta-feira (25) em São Paulo. A notícia foi compartilhada pela família através de redes sociais.

Com uma carreira que se estendeu por mais de quatro décadas, Mortari deixou um legado memorável. Ele comandou o Esporte Clube Sírio rumo à vitória no Campeonato Mundial Interclubes, além de ter dirigido a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 1980, realizados em Moscou, então parte da União Soviética.

Marcelo Sousa, presidente da Confederação Brasileira de Basquete, destacou a importância de Mortari, afirmando:

“Mortari foi um grande ídolo da nossa história. Um técnico de incrível qualidade tática, campeão. Mas, como pessoa, ainda melhor. Um gentleman, um professor. De uma educação e amizade incríveis. O mundo perde demais sem o Cláudio Mortari. O basquete perde um personagem e ídolo e nós perdemos um amigo. Um beijo na família, nos filhos. Vai-se o homem, fica a lenda. Descanse em paz e o risco por tudo que fez por aqui”.

Nascido em 15 de março de 1948, Mortari viveu momentos de glória à frente de times como Palmeiras, com quem conquistou o título brasileiro em 1977, e Rio Claro em 1995. Sob seu comando, o Sírio brilhou na cena internacional em 1979, amparado por jogadores icônicos como Oscar Schmidt, Marcel de Souza e Marquinhos Abdalla. Com o Sírio, também ergueu o Campeonato Sul-Americano três vezes e o Campeonato Brasileiro em 1978, 1979 e 1983.

A trajetória de Mortari o levou por clubes tradicionais como Bradesco, Corinthians, Pirelli, Telesp, Mogi das Cruzes, Mackenzie, Flamengo, Campos, Paulistano, São Bernardo e Esporte Clube Pinheiros. Em 2013, ele conquistou a Liga das Américas, um dos troféus mais importantes do basquete continental.