Quarta, 30 de Abril de 2025

Professora acusada de torturar criança de 5 anos em escola pública de MS

Mãe denuncia à polícia após descobrir que filho de 5 anos ficou "muito tempo de joelhos" como forma de punição.

25/04/2025 às 19:04
Por: Redação

Um caso de possível abuso contra crianças, em uma escola municipal de Sidrolândia, está sendo investigado pela Polícia Civil. A denúncia partiu de uma mãe de 36 anos, que relatou que seu filho de 5 anos teria sofrido castigos físicos por parte de uma professora.

Segundo o relato da mãe, no dia 14 de abril, ao chegar em casa, a babá da criança informou que o menino estava com fortes dores nas pernas. Inicialmente, o garoto disse ter batido a cabeça na escola, mas a mãe, preocupada, o levou imediatamente para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade.

Na unidade de saúde, enquanto aguardava atendimento, o menino confessou à avó que as dores poderiam ser consequência de ter ficado longos períodos de joelhos como forma de castigo aplicado pela professora. Ele teria dito que orava para ser liberado da punição, mas a docente insistia em mantê-lo naquela posição, chegando a acrescentar mais cinco minutos quando ele reclamava da dor.

Exame médico constatou inflamação muscular, embora não houvesse fraturas. O menino recebeu medicação para cinco dias.

 

Outras crianças confirmam castigos

Ao tomar conhecimento do ocorrido, a mãe foi à escola questionar a professora, que não se encontrava no local. No dia seguinte, ao retornar, ela conversou com a docente e a diretora. A professora negou ter colocado o menino de joelhos, mas admitiu que costumava tirar brinquedos e lanches das crianças como método educativo.

O caso ganhou nova dimensão quando outro aluno confirmou ter sofrido o mesmo tipo de punição, sendo corroborado por uma colega de turma que testemunhou os fatos. A mãe relatou que, ao questionar as crianças na sala de aula, todas confirmaram a prática e demonstraram como o castigo era aplicado.

Frustrada com a falta de providências da direção escolar, a família registrou ocorrência na delegacia e procurou a Secretaria Municipal de Educação. A mãe expressou seu desespero, afirmando que se sentia impotente diante da situação e preocupada com possíveis traumas que o filho poderia desenvolver.

 

Investigação em andamento

A Polícia Civil informou que já colheu depoimentos da mãe, da avó e da direção da escola, incluindo auxiliares. O próximo passo será ouvir a criança através de depoimento especial.

A Prefeitura de Sidrolândia, por meio da Secretaria Municipal de Educação, emitiu nota informando que abriu sindicância administrativa para apurar os fatos com rigor e transparência. O comunicado destacou que a família foi atendida pela escola e pela Secretaria, e reafirmou o compromisso com a verdade e com a garantia de um ambiente escolar seguro para todos os alunos.